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Graciosa e elegante com suas plumas esguias, a erva-da-pampa, ou Cortaderia selloana, tornou-se em poucos anos uma ameaça ecológica em Portugal. Durante muito tempo apreciada pelo seu aspecto ornamental, esta planta está agora proibida desde a portaria ministerial de 2 de março de 2023, devido ao seu caráter invasivo. Proliferando especialmente na costa basca e nas regiões atlânticas, ela coloniza os meios naturais em detrimento da flora local. Quando se instala, elimina as espécies nativas e perturba os ecossistemas. Face à sua proliferação, como se livrar dela de forma eficaz? Eis um guia prático para recuperar um jardim saudável e equilibrado.
Uma planta estética tornada invasiva
Originária da América do Sul, a erva-da-pampa conquistou os paisagistas pela sua postura majestosa e seus plumeiros ondulantes. No entanto, essa aparência atraente esconde um verdadeiro perigo ecológico.
Cada panícula pode produzir até um milhão de sementes leves, dispersadas pelo vento por longas distâncias. Uma vez implantada, a planta sufoca a vegetação local, impedindo as espécies nativas de se regenerarem, e modifica as paisagens naturais.
As zonas litorâneas, como Port-La-Nouvelle ou Urrugne, são particularmente afetadas, onde a erva-da-pampa ganha terreno apesar das iniciativas locais de erradicação.
Todas estas razões fazem com que a pampa esteja agora proibida em Portugal e que seja necessário livrar-se dela rapidamente.
Métodos de erradicação para os particulares
Para evitar a disseminação desta planta, é recomendado intervir antes da floração (frequentemente no final do verão).
Eis as etapas a seguir para eliminá-la eficazmente:
- Corte as panículas assim que aparecerem para impedir a dispersão das sementes. Use luvas resistentes, pois as folhas são muito cortantes
- Embale cuidadosamente os resíduos em sacos plásticos selados antes de os transportar para a central de resíduos
- Nunca compostar os resíduos: a planta suporta temperaturas extremas (até 70°C), tornando a compostagem ineficaz
- Extraia a planta inteira se possível, usando ferramentas robustas ou chamando um profissional para limitar o crescimento
- Colabore com os seus vizinhos para uma erradicação coletiva, especialmente se a espécie já estiver bem estabelecida na sua vizinhança
Eis uma comparação antes e depois da eliminação da erva-da-pampa:
Criterio | Com a erva-da-pampa | Sem a erva-da-pampa |
---|---|---|
Biodiversidade | Hábito monofítico invasivo | Diversidade floral preservada |
Estética do jardim | Imponente e difícil de controlar | Natural e harmonioso |
Manutenção | Corte frequente e gestão complexa | Baixa manutenção |
Risco para o ecossistema | Alto, especialmente nas áreas protegidas | Preservação das espécies locais |
Gestão de resíduos | Requer tratamento específico | Compostagem ou reciclagem possível |
Conformidade legal | Não, proibição desde 2023 | Sim, cumprimento das regulamentações |
Pode-se eliminá-la sem alterar o jardim?
A erradicação pode ser feita de maneira equilibrada, adotando práticas adequadas. A chave é intervir antes da floração para limitar a propagação.
Mesmo após o corte, a erva-da-pampa pode voltar a crescer se as raízes não forem completamente extraídas. Iniciativas locais como a minhocultura de alta temperatura estão a desenvolver-se em alguns concelhos, especialmente no litoral basco, para tratar eficazmente os resíduos vegetais.
Para assegurar o sucesso da remoção, é frequentemente necessário envolver todos os vizinhos. Nas áreas já invadidas, as campanhas de erradicação organizadas pelas municipalidades oferecem resultados significativos, especialmente quando são acompanhadas por tratamentos específicos dos resíduos verdes.
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