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Livrar-se dos dentes-de-leão

Silenciosos mas persistentes, os dentes-de-leão tomam posse dos jardins a partir de março, invadindo relvados, calçadas e canteiros sem nunca ceder. A sua capacidade de se multiplicar rapidamente e resistir à simples remoção torna-os um adversário renhido. Se queremos manter um relvado homogéneo sem deixar buracos inestéticos, é imprescindível atacar a sua raiz profunda. Uma técnica de remoção de ervas daninhas por injeção de vinagre branco destaca-se hoje pela sua precisão e eficácia, poupando o ecossistema do solo. Está a conquistar cada vez mais jardineiros amadores e profissionais. Explicação desta dica para se livrar dos dentes-de-leão.

Condições favoráveis à implantação do dente-de-leão nos espaços verdes

O Taraxacum officinale prospera em solos ricos em azoto, compactos, húmidos ou mal ventilados. Estes terrenos são frequentes nas áreas frequentemente aparadas, pisadas ou negligenciadas em termos de estrutura. A aparagem muito baixa, por exemplo, expõe o solo à luz e facilita a germinação dos aquénios que o vento dispersa em massa. Esta planta apresenta uma dinâmica reprodutiva agressiva, a sua flor amarela rapidamente dá lugar a uma esfera de sementes aladas, prontas a depositar-se ao menor sopro de ar. Por conseguinte, se a remoção não ocorrer antes que as sementes amadureçam, uma nova geração enraíza-se imediatamente. Mas o verdadeiro desafio está na raiz pivotante, fusiforme e tenaz, que se enterra profundamente. Uma remoção superficial muitas vezes deixa para trás um fragmento capaz de regenerar a planta, mesmo após várias semanas.

Soluções mecânicas e térmicas para um controle natural

Existem várias técnicas artesanais para controlar esta planta sem recorrer a produtos fitossanitários. A sua eficácia depende em grande parte da regularidade das intervenções e do estágio de desenvolvimento da planta. Aqui estão as abordagens mais utilizadas nos jardins domésticos:

  • Faca para remoção de ervas daninhas, também chamada de goiva de dentes-de-leão, permite seguir a raiz em profundidade. É recomendado usá-la logo após a chuva para evitar a quebra da raiz
  • Vinagre branco, aplicado puro sobre a roseta em tempo seco, provoca uma desidratação rápida. Deve ser usado com cautela pois altera o pH do solo
  • Água a ferver, deitada na base da planta, provoca um choque térmico. Esta solução, económica, necessita de várias aplicações para resultados visíveis
  • Mulching sufocante, à base de cartão não tratado ou tecido biodegradável, bloqueia a fotossíntese. A planta acaba por morrer por asfixia após várias semanas sem luz
  • O detergente da loiça como herbicida misturado com vinagre branco e sal, atua como um herbicida caseiro destruindo a camada protetora das folhas, o que resseca a planta

Uma estratégia cirúrgica: injeção direta de vinagre

Popularizada pela especialista Genevieve Schmidt, esta abordagem consiste em injetar vinagre branco puro diretamente na planta. Com a ajuda de uma simples seringa, basta direcionar para a base do colo ou o coração da roseta. O efeito não é imediato, mas a planta seca progressivamente, até tornar a raiz friável e fácil de extrair sem perturbar as hastes de relva em redor. Esta técnica apresenta várias vantagens:

  • precisão extrema: apenas o dente-de-leão é afectado
  • eficácia duradoura: a raiz é neutralizada por dentro
  • uso em qualquer clima: a chuva não prejudica a sua eficácia

A injeção é particularmente adequada para relvados ornamentais ou terrenos onde se busca a regularidade do relvado, sem recorrer à remoção brusca. Aqui está uma comparação das técnicas usadas contra o dente-de-leão:

Método Eficácia (1 a 5) Respeito ao solo Frequência necessária Dificuldade de aplicação Efeito na relva
Faca para remoção de ervas daninhas 4 Excelente Moderada Média Nenhum
Vinagre em superfície 3 Médio Elevada Simples Risco de queimadura
Água a ferver 2 Bom Frequente Muito simples Leve
Mulching sufocante 4 Excelente Baixa Demorada Nenhum
Injeção de vinagre (seringa) 5 Muito bom Baixa Simples Nenhum