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Empréstimo para obras: justificar o montante solicitado

Antes de iniciar obras numa habitação, muitos particulares têm de recorrer a financiamento externo. O empréstimo para obras constitui, neste caso, uma solução regulada, mas sujeita a regras precisas. Para obter este tipo de crédito, é indispensável apresentar um dossiê completo, composto por vários documentos justificativos. Vamos ver juntos quais os documentos necessários para um empréstimo para obras.

Funcionamento do empréstimo para obras

O empréstimo para obras é um crédito ao consumo afetado, ou seja, o uso do montante emprestado está estritamente regulado. Deve ser utilizado exclusivamente para financiar obras num imóvel: casa individual, apartamento em copropriedade, imóvel de arrendamento ou residência principal.

A Caisse d’Epargne, tal como muitos outros estabelecimentos bancários, propõe este tipo de empréstimo com condições precisas. A afetação dos fundos faz parte integrante do contrato, o que implica que a utilização do crédito deve ser justificada por documentos precisos, como orçamentos ou faturas.

Esta lógica de afetação diferencia o empréstimo para obras de um empréstimo pessoal, que oferece total liberdade de uso.

Pode-se financiar com um empréstimo para obras um vasto leque de intervenções: renovação energética, modernização de uma casa de banho, extensão, substituição de telhado ou ainda rearranjo dos espaços interiores.

Se as obras forem realizadas por profissionais, são necessários orçamentos e notas de encomenda. No caso de obras realizadas autonomamente, será necessário apresentar comprovativos de compra de materiais.

Preparação do projeto antes das obras

O mutuário deve avaliar o custo total da obra, selecionar as empresas intervenientes e estabelecer um cronograma de execução. Esta antecipação permite definir o montante a ser emprestado e evitar qualquer subestimação.

Uma simulação online permite, muitas vezes, obter uma estimativa inicial da mensalidade, do prazo de amortização ou da taxa aplicada. Este tipo de ferramenta, oferecido por bancos e corretores, baseia-se em dados simples: montante das obras, situação familiar, rendimentos, despesas correntes.

O banco verifica sistematicamente a coerência entre a natureza das obras e o montante solicitado. Não autoriza a utilização do crédito para fins pessoais, como a compra de um veículo ou o financiamento de férias. Em caso de necessidade mais abrangente, um empréstimo pessoal é mais adequado.

Obras de auto-realização ou através de artesãos

Os estabelecimentos de crédito aceitam tanto projetos realizados por empresas quanto aqueles conduzidos diretamente pelo proprietário. No segundo caso, o mutuário deve, no entanto, provar que os fundos são destinados à compra de materiais, equipamentos ou ferramentas.

Se uma empresa for mandatada para a execução da obra, os documentos produzidos por esta são essenciais: orçamentos detalhados, certificados de seguro, notas de encomenda ou faturas pró-forma. Desta forma, o banco assegura que as obras são sérias, regulamentadas e conformes às normas.

Dossiê de empréstimo para obras: lista de documentos a apresentar

Cada organismo estabelece sua própria política documental, mas um conjunto comum de documentos é sistematicamente exigido. O objetivo do credor é avaliar a solidez do projeto, a fiabilidade financeira do mutuário e a conformidade de sua situação.

Documentos relativos às obras planejadas

A componente técnica do dossiê assenta na apresentação de documentos comprovativos que atestem a natureza, o conteúdo e o custo das obras previstas.

O mutuário deve fornecer orçamentos detalhados emitidos pelos artesãos ou empresas solicitadas, incluindo os materiais utilizados, o preço da mão de obra e os prazos previstos.

No caso da compra de equipamentos ou mobiliário ligados à obra, notas de encomenda ou estimativas detalhadas também são esperadas. Estes documentos permitem ao credor verificar a coerência entre o montante solicitado e as despesas realmente planejadas.

Comprovativos de rendimentos e situação financeira

O banco baseia-se nos recursos do mutuário para medir sua capacidade de reembolso. Os documentos a fornecer variam conforme o perfil:

  • Empregado: três últimos recibos de vencimento, última folha de imposto, extrato bancário
  • Trabalhador independente: última folha de imposto, balanço ou demonstração de resultados, extrato bancário
  • Reformado: extratos das pensões base e complementares, extrato bancário

Estes documentos permitem avaliar os rendimentos regulares, mas também a estabilidade financeira ao longo da duração do empréstimo.

Documentos administrativos relacionados com a identidade e residência

A última categoria de documentos comprovativos refere-se à identidade e situação pessoal. Inclui:

  • Cópia frente e verso de um documento de identidade válido
  • Comprovativo de residência recente (fatura de energia, subscrição de internet ou telefone)
  • Extrato bancário

Quando o empréstimo é contratado a dois, ambos os co-mutuários devem fornecer estes documentos. A concordância das informações é sistematicamente verificada pelo credor.