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Descobrir excrementos no seu jardim ou durante um passeio na floresta pode despertar a curiosidade. Entre os sinais deixados pela vida selvagem, as fezes de javali destacam-se pelas suas características particulares. Aprender a identificá-las permitirá entender melhor a presença desses mamíferos no seu ambiente e adaptar o seu comportamento em conformidade.
Características físicas das fezes de javali
Os excrementos de javali apresentam traços distintivos que facilitam a sua identificação. Estas fezes são caracterizadas pela sua forma cilíndrica alongada, muitas vezes comparada a um barril. O seu tamanho geralmente varia entre 5 e 12 centímetros de comprimento por um diâmetro de 2 a 3 centímetros.
A cor do excremento de javali oscila entre o castanho escuro e o preto, por vezes com matizes esverdeados, dependendo da alimentação recente do animal. Esta variação cromática reflete diretamente a dieta omnívora do javali, composta por vegetais, raízes, frutas, bolotas e ocasionalmente pequenos animais.
A textura destes excrementos muitas vezes revela fragmentos não digeridos: pedaços de vegetação, sementes, detritos de bolotas ou bagas. Esta composição heterogênea é um indício adicional para distinguir as fezes de javali das de outros animais selvagens.
Diferenciação com os excrementos de outros animais
Distinguir as fezes de javali das de outros mamíferos florestais requer uma observação atenta.
Ao contrário dos excrementos de corço, que se apresentam sob a forma de pequenas esferas ovais agrupadas em « tapetes », as fezes de javali mantêm a sua forma cilíndrica individual.
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Os excrementos de raposa, mais pequenos e afilados, medem cerca de 8 a 10 centímetros de comprimento, mas apresentam um diâmetro significativamente menor. Muitas vezes contêm pelos e fragmentos de ossos, testemunhando a dieta carnívora deste predador.
As fezes de texugo, embora de tamanho semelhante, distinguem-se pela sua forma mais irregular e pelo seu odor característico almiscarado. O texugo geralmente cava latrinas específicas, ao contrário do javali, que defeca de maneira mais dispersa.
Para um reconhecimento preciso dos excrementos de animais selvagens e domésticos, compare com os nossos guias relacionados: identificar uma fezes de doninha (margens, sótãos), distinguir uma fezes de ouriço (fauna útil no jardim), localizar uma fezes de arganaz (sótãos, ninhos), reconhecer uma fezes de rato (desinfestação) e diferenciar uma fezes de texugo (montículos de latrina).
Localização e hábitos de defecação
Os javalis escolhem locais específicos para suas necessidades naturais, revelando informações valiosas sobre o seu comportamento.
Estes mamíferos preferem zonas cobertas e retiradas, particularmente:
- florestas densas
- arbustos espessos que lhes oferecem proteção e discrição
A proximidade das zonas de alimentação e descanso também influencia a escolha dos locais de defecação. Os javalis geralmente evitam sujar as suas áreas de descanso, preferindo afastar-se algumas dezenas de metros para as suas necessidades.
Nos jardins, a presença repetida de fezes de javali indica frequentemente a existência de uma fonte de atração alimentar: frutas caídas, legumes não colhidos, compostagem acessível ou lixo mal fechado.
Análise da alimentação pelos excrementos
O exame das fezes de javali revela informações detalhadas sobre a dieta destes onívoros oportunistas. A composição varia conforme as estações e a disponibilidade dos recursos naturais no ambiente.
Na primavera e no verão, os excrementos contêm principalmente resíduos vegetais: fragmentos de raízes, sementes de frutos silvestres, detritos de plantas herbáceas. Este período corresponde à abundância de recursos vegetais no ecossistema florestal.
No outono, as bolotas e as fagens dominam a composição das fezes, refletindo a frutificação dos carvalhos e faias. O inverno conduz os javalis a uma alimentação mais diversificada, incluindo tubérculos, cascas e, por vezes, pequenos animais ou insetos.
Riscos sanitários e precauções
A manipulação das fezes de javali requer precauções especiais devido aos potenciais riscos sanitários. Estes excrementos podem abrigar vários parasitas e agentes patogênicos transmissíveis a humanos e animais domésticos.
Entre os perigos identificados estão os vermes intestinais, as bactérias patogênicas e alguns vírus. O uso de luvas durante qualquer manipulação é indispensável, seguido de uma lavagem cuidadosa das mãos com sabão.
Os proprietários de animais domésticos devem supervisionar os seus companheiros durante os passeios na floresta. A ingestão de excrementos de javali pode causar distúrbios digestivos ou infecções parasitárias em cães e gatos.
Léxico
- Omnívoro: animal que come alimentos de origem vegetal e animal, dependendo dos recursos disponíveis.
- Excrementos: conjunto de matérias eliminadas por um animal, incluindo as fezes.
- Disseminação de sementes: transporte e deposição de sementes na natureza, favorecendo a regeneração das plantas.
- Compostagem térmica: processo de compostagem que atinge altas temperaturas para destruir os agentes patogênicos.
- Latrina: local dedicado onde alguns animais regularmente depositam suas fezes.
- Sotobosque: parte baixa e densa da floresta composta por árvores jovens e arbustos.
- Fagens: frutos do faia, ricos em lípidos e consumidos por muitos animais.
- Tubérculos: órgãos subterrâneos de reserva de certas plantas, consumidos pelos javalis.
- Patogênico: micro-organismo capaz de provocar uma doença em humanos ou animais.
- Parasitas intestinais: organismos que vivem no intestino de um hospedeiro e podem prejudicar a sua saúde.
- Javali jovem: javali ainda dependente da sua mãe.
- Dessecação: processo de secagem natural que desidrata as fezes e reduz a sobrevivência dos micróbios.
- Odor almiscarado: cheiro forte e animal frequentemente associado às secreções de certos mamíferos.
- Dieta alimentar: conjunto dos alimentos consumidos habitualmente por um animal.
Perguntas frequentes sobre as fezes de javali
Qual é a frequência de defecação do javali?
Um javali adulto produz geralmente entre 8 a 12 defecações por dia, dependendo da sua alimentação e atividade. Esta frequência varia em função da estação e da disponibilidade de recursos alimentares no seu território.
As fezes frescas são mais perigosas?
Os excrementos frescos apresentam efetivamente um risco sanitário mais elevado, pois os agentes patogênicos permanecem ativos por mais tempo. A dessecação e a exposição aos elementos reduzem progressivamente a viabilidade dos organismos nocivos.
Como distinguir a idade das fezes de javali?
Os excrementos recentes mantêm a sua humidade e cor escura, enquanto os antigos se secam, ficam brancos e se fragmentam. O odor também diminui com o tempo, tornando-se quase inexistente após várias semanas.
É possível determinar o tamanho do javali pelas suas fezes?
O tamanho das fezes dá uma indicação aproximada da corpulência do animal. Os excrementos de javalis jovens medem geralmente 2 a 4 centímetros, enquanto os dos adultos atingem 8 a 12 centímetros de comprimento.

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