escolher bem lavadora de alta pressão
Escolher uma lavadora de alta pressão adaptada ao uso

Um jato potente capaz de remover musgo de uma calçada, decapar uma fachada ou deixar um carro brilhante: a lavadora de alta pressão estabeleceu-se como uma ferramenta versátil em muitos lares. Contudo, nem todos os modelos atendem às mesmas necessidades. A robustez dos materiais, o comprimento dos cabos, a gestão do fluxo e a pressão real, as diferenças de design influenciam diretamente na eficácia e na durabilidade dos aparelhos. Então, como escolher bem a sua lavadora de alta pressão?

Adaptar a escolha conforme o uso previsto

Antes de escolher a sua lavadora de alta pressão, é preciso determinar a natureza dos trabalhos previstos e a frequência das sessões. O uso será muito diferente se pretender limpar um terraço duas vezes por ano, lavar um carro semanalmente ou manter regularmente uma alameda grande. Estes parâmetros permitem distinguir três tipos de utilização.

  • Uso ocasional: menos de uma hora, para tarefas leves como mobiliário de jardim, uma varanda ou a carroçaria de um carro
  • Uso regular: até duas horas, adequado para superfícies de tamanho médio, como um terraço de cerca de 80 m², uma escada exterior ou um muro baixo
  • Uso intensivo: até oito horas, concebido para superfícies muito extensas ou materiais altamente sujos, como uma fachada ou um telhado

Um aparelho subdimensionado será rapidamente danificado se o uso exceder as suas capacidades. Por outro lado, um modelo super equipado destinado a trabalhos pontuais representa um gasto desnecessário. A adequação entre potência e frequência é, portanto, o primeiro critério de seleção.

Os materiais dos componentes

A solidez e a fiabilidade de uma lavadora de alta pressão dependem diretamente dos materiais utilizados para os seus componentes principais. A bomba, em particular, constitui o coração do aparelho e o seu nível de resistência varia conforme o design.

Os modelos de entrada equipam-se com uma bomba de plástico, suficiente para pequenas tarefas, mas pouco durável. O alumínio, mais robusto, é adequado para a maioria dos usos domésticos, embora possa oxidar com o tempo na presença de água calcária ou produtos detergentes.

O latão, por sua vez, oferece a melhor resistência, inclusive para usos prolongados ou profissionais, mas o seu custo mais elevado geralmente o reserva para as gamas superiores.

Os pistões do motor também merecem atenção especial. Os mais comuns são de aço ou inox, adequados para um uso corrente, mas sensíveis ao desgaste com o tempo. Para trabalhos intensivos, os fabricantes oferecem pistões de cerâmica ou de aço revestido de cerâmica, capazes de suportar uma solicitação repetida sem perda de desempenho.

O flexível, por fim, influencia diretamente o conforto na utilização. Um tubo de plástico simples é suficiente para intervenções rápidas, mas um modelo reforçado suportará melhor as torções, os atritos e a sujidade. Este elemento, às vezes negligenciado, desempenha, contudo, um papel determinante na durabilidade e na manobrabilidade do aparelho.

Comprimento do flexível e do cabo

A associação da água e da eletricidade impõe o cumprimento de condições de segurança, mas também a preferência pela praticidade. Um cabo de alimentação muito curto força frequentemente o uso de extensões, o que pode aumentar o risco de falha. Quanto mais longo for o cabo, mais o aparelho ganha em manobrabilidade e conforto.

O comprimento do flexível de alta pressão também condiciona a eficiência do trabalho. Para a limpeza de um terraço ou de um carro, cinco metros são suficientes. Mas à medida que as superfícies aumentam, como uma alameda ou um telhado, é preferível optar por um flexível mais longo.

Alguns modelos são equipados com um enrolador, que facilita o armazenamento, protege o tubo contra dobras e prolonga a sua vida útil.

O tubo de alimentação ligado à torneira deve também ser escolhido com cuidado. Um diâmetro de 15 mm constitui o mínimo necessário, mas 19 mm assegura um fluxo ideal. O comprimento ideal situa-se entre 20 e 25 metros, além dos quais as perdas de carga tornam-se demasiado significativas e reduzem a potência efetiva do jato.

Pressão e fluxo

A eficácia de uma lavadora baseia-se no equilíbrio entre a pressão, o fluxo e os acessórios. A pressão, expressa em bares, traduz a capacidade do aparelho de remover a sujidade.

Os fabricantes comunicam principalmente sobre a pressão máxima medida à saída da bomba, mas é a pressão de serviço, aquela fornecida à saída da lança, que corresponde à realidade da limpeza. Podemos comparar este fenómeno ao aumento da pressão num tubo de rega: o fluxo de água permanece o mesmo, mas o jato ganha em força e eficácia.

Uma pressão muito alta pode danificar certos suportes como madeira ou paredes enfraquecidas, enquanto um material resistente como o betão ou a pedra exige uma intensidade mais forte.

O fluxo, expresso em litros por hora, corresponde ao volume de água projetado pela lança. Quanto maior, mais rápido e eficaz é o trabalho de limpeza. Os modelos mais eficientes combinam um fluxo generoso e uma pressão sustentada, permitindo ainda ajustar o jato de acordo com a superfície a ser tratada.

Este ajuste é determinante para otimizar o consumo de água, garantindo ao mesmo tempo uma limpeza de qualidade.